Há dois anos, Ana Barreto abandonou a vida em Santos e o cargo estabilizado como professora do Estado, para mudar-se para Guiné Bissau. Apesar de ler sobre as condições do país, nada foi o suficiente para prepará-la para o que encontrou. “Meu trabalho é na produção de material (livros do professor e do aluno, livros de estórias e cartões de apoio, impressão, plastificação, encadernação, treinar os professores locais, visitar as escolas para diagnóstico) em língua materna para crianças e adultos, principalmente mulheres. O índice de analfabetismo feminino por lá é muito alto, especialmente por questões culturais”, explicou.

A docente conta com o apoio de mais duas pessoas para educar as pessoas que vivem em situações tão precárias. As condições de ensino não são as melhores, além da falta de estrutura escolar, ainda não tem uma biblioteca estruturada para apoiar nos estudos.

Ana voltou para o Brasil nas férias e decidiu que faria algo para mudar um pouco a situação de seus alunos. Então teve a ideia de arrecadar livros. “A Língua Portuguesa é o idioma oficial e só funciona na sala de aula ou nos órgãos do governo, e os estudantes precisam ter acesso à leitura para desenvolver o seu aprendizado. Precisamos de livros paradidáticos (didáticos não serão úteis porque eles já têm o seu próprio sistema de ensino), dicionários, gramáticas, gibis, revistas em bom estado”, contou.

A vontade de fazer o bem rendeu frutos. A missão ALEM, que trabalha com educação transcultural, doou um container para enviar as arrecadações para Guiné Bissau. Porém, Ana precisa de ajuda da população santista quanto à doações. Além dos livros, também precisa de carteiras, quadros (lousas), armários e outros materiais em bom estado.

O container será enviado no mês de outubro.

Quem tiver interesse de doar, pode entrar em contato através do telefone 13 98805-1966.

Mais de 250 pessoas serão beneficiadas com o que for arrecadado.

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