O Day Tour na Selva Amazônica é o melhor passeio em Manaus. Tudo isso porque você vai ter a oportunidade de conhecer o encontro das águas do Rio Negro e Solimões, conhecer de perto o boto cor-de-rosa, conhecer a vitória régia (eu não vi) e também visitar uma comunidade indígena.

Se você está planejando uma viagem para Manaus e tem pouco tempo na cidade não deixe de fazer este passeio de barco no Amazonas.

1- Encontro das Águas do Rio Negro e Solimões

O passeio começa cedo, por volta de 8h, e um carro bem grande da Iguana Turismo nos buscou (com mais 5 pessoas) para seguirmos ao Porto de Manaus. Lá outro funcionário nos recebe e encaminha os turistas até o barco com um guia.

Enquanto navegávamos em direção ao Encontro das Águas do Rio Negro e Solimões, o guia vai contando fatos curiosos sobre a cultura manauara, antiga Zona Franca de Manaus e como ocorre o encontro das águas.

– O Rio Negro é o mais escuro, vem da Colômbia, é mais quente, denso e lento.

-O Rio Solimões tem coloração mais barrenta, vem do Peru, é mais frio, menos denso e mais rápido. Logo, a temperatura, a densidade e a velocidade são os fatores para que os rios não se misturem por 6km.

É aí que acontece a “mágica” e ele “vira” o Rio Amazonas. O guia nos disse que, na verdade, o Rio Amazonas nasce no Peru, mas para os Manauaras ele começa nesse ponto. E também nos contou que o Rio Amazonas é um dos mais extensos do mundo, com quase 7 mil quilômetros de comprimento e mais de mil afluentes. Alguns deles, como o Rio Madeira, o Negro e o Japurá estão entre os 10 maiores rios do planeta.

Curiosidade: Como a água do Rio Negro é ácida, a proliferação de mosquitos é menor.

2- Pesca de pirarucu 

Em seguida desembarcamos próximo a uma pequena vila de ribeirinhos (população que mora na beira dos rios) onde há venda de artesanato local, a maior atração é a “pesca de pirarucu”, maior peixe de escama de água doce e típico do Amazona. Ele mede 3 metros e chega a pesar até 200kg.

Pagando R$ 5 você pode pegar um anzol e tentar pescar o pirarucu. Na verdade, tudo não passa de uma brincadeira, visto que é impossível pescar desta forma um peixe deste tamanho. É bem engraçado ver o bote super rápido que ele dá na isca e os turistas se assustam, as crianças se divertem, mas na minha opinião eu pularia essa parada.

3- Parque Ecológico Janauari – Lago de Vitória Régia

Por volta de 11h paramos para almoço no restaurante X não lembro o nome mas muito boa e farta a comida, mas antes da refeição, seguimos em uma trilha suspensa para avistar a vitória régia e não tinha vitoria regia (ela vive apenas 3 dias, nasce branca, fica lilás e morre com tom de vinho). Somente lá pra fevereiro, quando o rio enche, elas se desenvolvem mais e você consegue ver, então o guia te leva para uma trilha bem sem gracinha e fica contando um monte de historia, falando da vegetação, achei bem chato (afinal e contas nós já tínhamos ido para os dias de selva bem dentro do Rio Juma, então achamos aquele matinho muito sem graça), só essa arvore de seringueira que achei lindona.

4 – Encontro com o boto cor-de-rosa

Após o almoço, percorremos 1h40 para encontrar com o boto-cor-de-rosa. Sabemos que é um assunto polêmico e delicado. Mas vimos que os animais não são atraídos com armadilhas, não vivem em cativeiros e nem são retirados do rio, ou seja, estão livres para ir e vir em seu habitat natural. Eles nadam quilômetros para se alimentar e voltam para a enseada para se proteger do rio aberto, e também para procriarem. Nós não identificamos nenhum tipo de maus tratos ou exploração deles.

No local há uma placa com todas as normas para segurança do banhista e dos animais como: retirar anéis, relógios, nao passar protetor solar. Eles também pedem que na hora todos ficassem em silêncio e se alguma pessoa estivesse com medo ou insegura era para não entrar, pois gritos ou ações podem machucar os botos, (confesso que todo mundo grita e se apavora) – O uso do colete salva-vidas é obrigatório e fornecido pelo local.

Como é a experiência de “nadar com os botos”

Na verdade ninguém nada com os botos, muito menos podemos tocá-los. Não a interação alguma, no meu caso houve muita haha eles ficavam passando por debaixo das minha pernas, literalmente me levantando haha. Eu fiquei bem apavorada com o tamanho deles mas fiquei feliz.

Eles são atraídos pelo instrutor com um pequeno de peixe. Inclusive há quantidade limitada para alimentá-los e apenas ele pode fazer dar o peixe para o boto.

5- Visita a comunidade indígena Dessana Tukana

Para encerrar com chave de ouro! Fomos visitar comunidade indígena chamada Dessana Tukana,que vem originalmente de uma aldeia que faz fronteira com a Colômbia e Venezuela. Segundo o pajé, há cerca de 20 anos, parte da tribo saiu da mata para viver do turismo perto de Manaus.

Primeiro os índios fazem uma apresentação, sendo que um deles explica um pouco como vivem. Depois é feita uma demonstração de um ritual. E aí que vem uma parte legal. Os índios homens convidam as turistas mulheres e as índias convidam os homens para todos juntos dançarem.

No entanto, eles não caçam nem vivem mais da floresta. Sim, embora eles vivam do turismo, são índios de verdade, ou seja, nada é comercial ou fake.

Foi a parte que eu e a Sú mais gostamos de todo o passeio. Na minha opinião se voce fechar esse day tour pula a pesca e fique mais tempo com os índios.

Os índios da tribo Dessana Tukana se comunicam na língua Tukano e também Português.

Ouvi dizer que pra voce conseguir em uma tribo 100% isolada a tramitação deve ser feita com o Funai, não é tão fácil e custa cerca de R$ 8 mil reais. Porque imaginem o preparo de aparato para levar ? Então, acho que nem vale tentar esse tipo de visita, visto que você pode nem ser bem recebido rs.

De lá, voltamos para Manaus e chegamos ao Porto por volta de 16h30. Já havia um motorista da Iguana Turismo nos esperando para nos levar de volta ao hostel horroroso.

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